quarta-feira, 29 de abril de 2009



Mãe: sinônimo vivo do amor de Deus

segunda-feira, 27 de abril de 2009

História da Legião de Maria
por: Ana Paula Tomaselli


A Primeira Semente

De visita à França, em 1950, o Irmão João Creff, MS, encontrou um sacerdote que estivera prisioneiro na Alemanha e lá conhecera a Legião de Maria. Tão arrebatadamente lhe falou das vantagens que esse movimento poderia trazer ao nosso povo, que o Ir. João resolveu assistir a uma reunião do Senatus de Paris, onde teve a felicidade de palestrar com irmão Tual, então Vice-presidente, que o orientou e o pôs em contato com o Concilium Legionis Mariae.
De volta ao Brasil, o Irmão João, depois de várias tentativas, conseguiu autorização de Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, e a 27/10/1951, no Santuário de Fátima, realizava-se a primeira reunião do Praesidium Refugium Peccatorum, com 8 membros inscritos, sendo Presidente a irmã Maria Tereza R. Lagoa e Diretor Espiritual Pe. José Tonelli, FDP. A esse tempo, porém, já Dublin vinha estudando a possibilidade da extensão do apostolado legionário a todas as nossas Dioceses. Assim sendo, a 10/08/1953, o Concilium Legionis comunicou a escolha da primeira Enviada Especial ao Brasil, Srta. Joaquina Lucas que, há vários anos, percorria os países latino-americanos da costa do Pacífico, a serviço de Nossa Senhora.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, a 27/01/1954, foi a irmã Joaquina recebida, no Aeroporto do Galeão, pelos legionários dos cinco Praesidia já existentes. A organização desses núcleos agradou imensamente à irmã Joaquina que, calorosamente, cumprimentou a irmã Terezinha. Foram, então, oficialmente filiados ao Concilium Legionis Mariae. Para auxiliar a irmã Joaquina, foi enviada em junho de 1955, a irmã Mary Clerkin, que prosseguiu o trabalho de extensão.
O que é a Legião de Maria?

Uma Associação formada por leigos. Tem como fim a glória de Deus, pela santidade de seus membros, através de oração e por um trabalho de apostolado em favor do próximo.
O sistema Legionário hoje espalhado por todo o mundo, tem se mostrado eficaz para ajudar o Católico a praticar a sua fé.
A reunião semanal é o coração donde jorra para as veias e artérias o sangue vivificante, fonte de luz e de energia.
Para o legionário, a reunião é o lugar em que a Mãe Santíssima está à sua espera, e onde amigos verdadeiros e fiéis agrupam-se à sua volta; um lugar para descansar e renovar as forças, após o fiel cumprimento da tarefa que lhe foi confiada. Na reunião da Legião, um lugar onde o amor sincero consegue sobreviver às dificuldades, o ambiente de oração e amor a Deus e ao próximo é pleno de apoio e estímulo para combater o desânimo, as incompreensões, a ingratidão, o medo do ridículo, o cansaço, a monotonia e, por vezes, o aparente insucesso. Entre os membros da Legião, a reunião é um lugar em que a opinião alheia é ouvida e respeitada com caridade.
Na reunião se aprende a rezar, a se basear não nos próprios esforços e atividades, mas na graça divina e no apoio do irmão, que é canal de amor e graça.
A Expansão

A Legião, em 1928 expande-sepela primeira vez fora da Irlanda, com o primeiro praesidium estrangeiro que nasce em GlascoW, Escócia.
A Legião funda-se em Londre em 1929. Uma senhora inglesa, cujo marido era funcionário na Índia, resolve levar todo o material necessário à fundação de um praesidium, o que se concretiza em 1931. A Legião penetrava na Ásia e, nesse mesmo ano, dá os primeiros passos no Novo Mundo, com um praesidium de trabalhadores mineiros, no Estado do Novo México, Estados Unidos.
Muitos prelados e sacerdotes assistem ao Concresso Eucarístico Internacional de Dublin, em 1932. Alguns procuram introduzir a Legião em suas dioceses. Entre os peregrinos, uma senhora australiana, leiga, e um sacerdote de regresso à Australia, fundam a Legião de Maria, que penetrava em mais um Continente. Nesse mesmo ano, a Legião de Maria alcançava também a África.
Em 1937, na China; nos anos seguintes, propaga-se pela Costa Rica, Panamá, Malta, França, Filipinas, Egito, Síria, Terra Santa, Holanda, México, Alemanha, Ítalia, Bélgica, Colômbia, Dinamarca, etc., numa caminhada que, pelos obstáculos transpostos e prodigiosa extensão, atesta, sem dúvida, a inegável proteção.

65 anos da morte da Venerável Edel Quinn


Edel Quinn

Uma Vida dedicada a Legião de Maria
Por: Ana Paula Tomaselli


Edel Quinn nasceu no dia 14/09/1907, em Greenane, perto de Kanturk, no Condado de Cork (Irlanda).
Era uma simples moça irlandesa que, "pelo extraordinário exemplo de sua vida, viria a alterar o curso da história". Nada, em sua meninice e adolescência, faria prever sua futura glória: era uma garota encantadora, alegre e atraente, como tantas outras.Edel conheceu a Legião através de uma amiga. Esta recusou um convite de Edel para ir até sua casa, alegando que tinha de ir a uma reunião da Legião de Maria.
Edel interessou-se pelo movimento e quis participar da reunião. Tornou-se, então, membro ativo e, após dois anos, era já presidente de um praesidium encarregado da recuperação de mulheres decaídas. Edel era totalmente devotada à causa legionária.Em 30/10/1936, partiu para a África Oriental, como Enviada da Legião, dedicando-se a um apostolado heróico até a morte, por 7 anos e meio, sem nunca voltar à pátria e rever a família.
Apesar de dificuldades tremendas, conseguiu estabelecer a Legião em todo o território do Vicariato de Zanzibar. Depois, animada de incansável zêlo, apesar da saúde sempre delicada (por causa da tuberculose), percorre os imensos territórios de Kenia, Tanganika, Uganda, Niassaland e ilhas Mauritius.
Em obrigada, algumas vezes, a um repouso forçado em hospitais, mas, ainda assim, prosseguia em seu apostolado, através da oração e da correspondência.
Em 1943, escrevia uma testemunha ocular a seu respeito: "Não está curada. Está pesando muito pouco e lhe é muito penosa a presente estação de chuvas. Tem dificuldades para respirar. Qualquer esforço físico, mesmo leve, deixa-a sem fôlego e necessitada de descanso. É uma criatura extraordinária, um magnífico exemplo de vocação cumprida com integral fidelidade".
Todos os que a conheceram de perto observaram que, sob a intensa atividade exterior, escondia-se uma profunda vida de união com Deus. A Missa, desde a juventude até o final, foi o centro de sua vida. Chegava a viajar horas e horas em jejum - certa vez ficou 17 horas sem comer - só para poder receber a Santa Comunhão. Atribuía ela ao Santíssimo Sacramento a graça de poder prosseguir na luta: "Como a vida seria solitária sem Ele", escreveu certa vez.
Seu imenso amor pela Virgem Mãe de Deus, sua confiança e total dependência de Maria, impregnava todos os aspectos de sua vida, tendo alcançado um grau pouco comum de união com Nossa Senhora. Quando lhe perguntaram se alguma vez lhe tinha recusado alguma coisa, respondeu: "Não, nunca lhe neguei nada, em tudo quanto me pareceu ser a sua vontade".
Conservou-se sempre alegre até o fim. Um sacerdote, que a visitou poucos dias antes da morte, encontrou-a de "extraorinário e contagiante bom humor". O fim foi repentino. Tomada de surpresa, apenas perguntou: "O que está acontecendo comigo? Será que Jesus veio me buscar?"
Foi no dia 12/05/1944. O seu falecimento foi comunicado a Dublin, centro da Legião de Maria, por telegrama expedido pelo Exmo. Sr. Cardeal Secretário de Estado de Sua SAntidade, quando - estando ainda a Europa em guerra - a notícia chegou ao conhecimento do Vaticano. Em Nairóbi, onde estabelecera a sua primeira Curia anos atrás, foi sepultada em cemitério reservado aos missionários.